Tratamento hormonal promete evitar que bebês sejam gays

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Método gerou polêmica entre ativistas



Ativistas de defesa dos homossexuais nos Estados Unidos estão protestando contra um tratamento que promete impedir que bebês do sexo feminino nasçam homossexuais.

O método consiste em tomar uma pílula no pré-natal contra a hiperplasia adrenal congênita ou a genitália ambígua. O medicamento, segundo os médiso responsáveis, reduz a chance de um bebê do sexo feminino com o transtorno seja gay.

Os pesquisadores já estão chamando o método de "engenharia para a orientação sexual". O National Center for Lesbian Rights, além de endocrinologistas pediatras criticaram o uso dessa pílula.

Uma das opositoras radicais do tratamento é a médica Alice Dreger, professora da Universidade Northwestern. Ela considerou o método um passo em direção à "engenharia no útero da orientação sexual".

"A maioria dos médicos fala sobre esse tratamento como prevenção da genitália ambígua" disse Derger à reportagem do jornal "The Los Angeles Times". "Outros sugerem que você deva evitar a homossexualidade, se puder. Mas ser gay ou lésbica não é uma doença e não deve ser tratado como tal" ressaltou a professora.

A hiperplasia congênita da supra-renal atinge 1 em cada 15 mil crianças. Ela é provocada por um defeito na enzima 21-hidroxilase. Logo depois de nascer os bebês podem adoecer por causa da perda de sal através da urina. Também ocorre uma deficiência do hormônio cortisol, que pode causar problemas cardíacos e um aumento dos hormônios andrógenos produzidos pelas glândulas supra-renais.

Nos casos mais graves, as meninas nascem com órgãos masculinos e tendo ainda ovários e útero.

da Redação com informações do jornal "The Los Angeles Times"

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