Ao contrário das paradas do Orgulho Gay de São Paulo e Tel Aviv, os participantes de Jerusalém não capricharam ontem na purpurina nem no salto alto, mas ao som de tambores conseguiram levar suas bandeiras sócio-políticas até as proximidades do Parlamento israelense, o Knesset. "Jerusalém tem menos para festejar e mais para protestar", explicou Anat Kremein, uma das coordenadoras da marcha. "Nós estamos caminhando sob uma bandeira de igualdade e justiça social para todos em Israel", disse o congressista e homossexual assumido Nitzan Horowitz à quatro mil pessoas reunidas no Parque da Independência, zona central. "Esta marcha é um símbolo para esta cidade, que algumas pessoas querem transformar em Teerã (que não admite homossexuais). Mas nós marchamos sob a nossa bandeira de que Jerusalém é livre e permanecerá livre e igualitária para sempre", discursou o político israelense.
A data foi escolhida para coincidir com o aniversário de dois anos de um ataque contra jovens gays em Tel Aviv no Bar Noar. Dois jovens morreram, 15 ficaram feridos e até hoje o assassino continua impune. Por isso, um dos principais objetivos do evento foi pedir a aprovação dos congressistas de uma legislação que proteja os homossexuais.
"Esta é a primeira vez no ano que marchamos pelas ruas exatamente como quem somos e do jeito que somos, marchamos de mãos dadas com muitas comunidades em Israel que estão lutando por seus direitos", disse Yonatan Gher, diretor-executivo da organização Jerusalém Casa Aberta, responsável pelo desfile. O tema deste ano foi "Caminhos Intercruzados", para abordar não só a luta dos gays pela proteção contra crimes de discriminação, como também para apoiar a luta da sociedade israelense que clama por melhores salários e alugueis menos exorbitantes.
1 comentários:
nunca imaginaei que tinha parada gay em jerusalem
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