Por Marcelo Hailer 18/8/2010 - 19:21
Jaqueline Côrtes é a representante do Brasil na UNAIDS, braço da ONU (Nações Unidas), que cuida dos assuntos relacionados a Aids/HIV. Em sua palestra, realizada durante os eventos do Rainbow Fest - evento do Orgulho LGBT da cidade de Juiz de Fora (MG) -, iniciou sua fala afirmando que há "avanços" na luta contra a Aids.
"Em 94 nós íamos a cinco velórios de amigos por semana por conta da Aids, hoje leva anos ou nem chega lá", disse Jaqueline. Em seguida, a ativista ironizou a posição daqueles que ainda teimam em dizer que a Aids é uma doença gay.
Ainda sobre o tratamento, a ativista disse que o maior desfio é acabar com estigma em torno do HIV. "Hoje o tratamento da Aids é como o da diabetes, com o agravante de todo o estigma que carrega".
Posteriormente, Jaqueline disse que, apesar do longo caminho que há para se percorrer no combate a Aids, atenta para o fato de que hoje a palavra gay ser dita na ONU é um avanço. "É um avanço, hoje, na ONU se falar a palavra gay, travesti. Imaginem como é tratar destes assuntos com o bloco dos países fundamentalistas".
Sobre a questão da religião e fundamentalismo, Jaqueline Côster traçou um paralelo a respeito da postura dos países homofóbicos ao redor do mundo. Para melhor exemplificar, relatou a história de quando a França propôs que vários países emitissem uma declaração conjunta contra a homofobia. "A aliança dos países árabes conseguiu obstruir essa carta. Infelizmente, outros países os seguiram". Para a ativista, a questão religiosa "é um atraso na luta contra a homofobia no mundo".
Durante a palestra, Jaqueline foi questionada se a ONU não pode interferir para que jovens gays não sejam enforcados ou apedrejados no Irã. A ativista disse que não, devido ao órgão ser diplomático e não se "intromete" na política dos países. "Porém, nós levantamos todos esses problemas, levamos à imprensa e criamos uma situação de crise, para a partir daí conseguir aliados e tentar mudar certas realidades", concluiu.
"Em 94 nós íamos a cinco velórios de amigos por semana por conta da Aids, hoje leva anos ou nem chega lá", disse Jaqueline. Em seguida, a ativista ironizou a posição daqueles que ainda teimam em dizer que a Aids é uma doença gay.
Ainda sobre o tratamento, a ativista disse que o maior desfio é acabar com estigma em torno do HIV. "Hoje o tratamento da Aids é como o da diabetes, com o agravante de todo o estigma que carrega".
Posteriormente, Jaqueline disse que, apesar do longo caminho que há para se percorrer no combate a Aids, atenta para o fato de que hoje a palavra gay ser dita na ONU é um avanço. "É um avanço, hoje, na ONU se falar a palavra gay, travesti. Imaginem como é tratar destes assuntos com o bloco dos países fundamentalistas".
Sobre a questão da religião e fundamentalismo, Jaqueline Côster traçou um paralelo a respeito da postura dos países homofóbicos ao redor do mundo. Para melhor exemplificar, relatou a história de quando a França propôs que vários países emitissem uma declaração conjunta contra a homofobia. "A aliança dos países árabes conseguiu obstruir essa carta. Infelizmente, outros países os seguiram". Para a ativista, a questão religiosa "é um atraso na luta contra a homofobia no mundo".
Durante a palestra, Jaqueline foi questionada se a ONU não pode interferir para que jovens gays não sejam enforcados ou apedrejados no Irã. A ativista disse que não, devido ao órgão ser diplomático e não se "intromete" na política dos países. "Porém, nós levantamos todos esses problemas, levamos à imprensa e criamos uma situação de crise, para a partir daí conseguir aliados e tentar mudar certas realidades", concluiu.
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