A ERA DO SEJA VOCÊ MESMO
Rótulos não combinam mais
Como a palavra gay já doeu na alma de muitos. Imagine aqueles adjetivos implublicáveis. Era (e ainda hoje em alguns casos) terrível ser apontado como gay, rotulado, carimbado, código de barra. E lá vinha o preconceito.
Então vieram os ativistas e criaram o Código Da Vinci da sexualidade diferente. O politicamente correto. Primeiro o GLBT, depois o LGBT e quem sabe outro deverá surgir. Pode chamar desse jeito que está certo.
Aí vieram os avanços, as conquistas, a sexualidade diferente na mídia, a nova geração, uma nova cabeça. Aí veio a liberdade de viver o que se quer e como se quer. Sem rótulos, sem embalagens, sem código de barras indicando se ativo ou passivo, coisa desse tipo.
Agora sem essa de ficar definindo alguém. Agora é moda macho que procura macho. Casado que procura putinho. Homem com namorada que procura homem para aventura.
E aí surgiu também aquela rejeição aos afeminados. Isso porque eles andam dizendo aos quatro cantos o que são na base do rebolado. E isso saiu de moda. Ninguém quer mais definições. O que se quer é viver a sexualidade.
Até a balada gay deixou de ser gay. Hoje vai todo mundo. Vai macho procurando macho. Mulher querendo homem. Homem querendo dois homens. Acabou o gueto.
Hoje tem gente que faz perfil em sites de relacionamento entre pessoas do mesmo sexo, mas não considera isso gay. Eles deixam claro que não frequentam o meio digamos gay. Com razão. É tanta variedade de desejos que não dá pra colocar etiqueta em ninguém difinindo preferências ou coisas do tipo.
Ser gay definitivamente virou brega. O negócio agora é ser você, sem rótulo. As celebridades que se disseram gay foram logo avisando. Não querem ser vistas como o cantor gay ou o jogador gay. Querem ser vistas como os profissionais que são.
Ser gay ficou no passado, entrou para uma época. O tempo de agora é o tempo de ser você mesmo.
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